Abrindo alas para uma banda que marcou uma geração, em especial na capital do país, o The Peak Sound trás pra vocês um post que diz muito sobre minhas referências musicais, o disco Lavô ta novo dos Raimundos. Numa época em que as festas eram verdadeiros shows e que a vaidade andava no sentido oposto da "beleza", os Raimundos invadiram nossos cérebros e ouvidos com pesados riffs de guitarra e letras de uma irreverência incrível. Era uma banda com músicas politicamente incorretas e cheias de sacanagem. Hoje é tudo tão cheio de regras!! Eu quero é ver o oco!!! Como esse é um dos meus discos preferidos, o negócio é aumentar o som e deixar rolar do início ao fim!!! Lembra daquele termo "Rock Paulera"?? Pois é..... Let the music play!!!
Nascida no estado americano da Georgia, mudou-se cedo para Nova York onde passou a cantar em corais de igreja. Dona de generosas e afinadas cordas vocais, Sharon cantou com vários artistas mas nunca conseguiu gravar um disco. Desiludida, trabalhou como carcereira penitenciária e até como segurança. Por outro lado, a banda The Dap Kings, que na época se chamava Soul Providers, procurava backing vocals para gravação de um disco com Lee Fields. Sharon apareceu e roubou a cena. Daí em diante surgia Sharon Stone & The Dap Kings. Depois de prensar alguns LP's e vendê-los como forma de sustento da primeira turnê na Europa, o material acabou nas mãos de Djs e importantes produtores do velho mundo. A banda que faz parte de um movimento revival dos anos 60 e 70, inclusive abrindo mão de métodos modernos de gravação para chegar mais perto da sonoridade de estrelas do funk e soul como James Brown, Ottis Redding e Etta James, que não usavam softwares nem sintetizadores, acabou descoberta por Amy Winehouse e seu produtores. Com participações de luxo como no cd Back to Black de Amy e em projetos como a animação Up in the air e a série How to make in America, o reconhecimento e a qualidade do grupo foram postos a prova. O som é nostálgico, melódico e com um suingue black impressionante. Atenção especial para as faixas "Better things to do" e "Nobody's Baby". Como o som é muito fino, achei melhor postar dois discos de uma vez! Let the music play!!
Esse é um post especial. A história do Rock no Brasil é muito viva, rica e interessante. Falando de um passado não tão distante assim, as pessoas comuns não podiam contar com os blogs para atualizarem suas bibliotecas musicais. Era sempre uma angústia a espera pelo novo som, pelo novo álbum. Mas entre mortos e feridos, ainda podemos contar com pessoas como Luis Carlos "Barata" Cichetto e seus relatos que ilustram bem essa época. Escolhi um texto do site "A arca do Barata" que é muito legal e conta um pouquinho dessa odisséia musical que viveu toda a geração da tal época pré-internética. http://www.abarata.com.br/arca_do_barata_detalhe.asp?codigo=16%20
Encravando as unhas no sujo, leal e verdadeiro Rock'n Roll o thepeaksound abre espaço pro Grand Funk Railroad, ou simplesmente Grand Funk. Da criação da banda em 1964, na cidade de Flint nos Estados Unidos, até o reconhecimento em 1970 no Atlanta Pop Festival, o grupo mudou algumas vezes de nome, trocou integrantes e lutou contra as críticas para finalmente formarem o trio cujo nome faz um trocadilho com a antiga estrada de ferro de Flint, Michigan, a Grand Trunk Western. A banda que conquistou dez álbuns de platina, vários hits e ainda um disco inteiro produzido por Frank Zappa, não podia estar de fora da nossa seleção. O som é puro, intenso, energizante e muito, muito bom!! Let The Music Play!!!!!
Parece que o negócio de unir músicos consagrados em novos projetos vem mesmo dando certo. A prova disto é o último trabalho da banda conhecida como Head Cat. Formada pelo folclórico vocalista do Motorhead Lemmy Kilmister, pelo guitarrista Danny B. Harvey e pelo baterista Slim Jim Phantom, o trio faz uma sonzera que nos remete imediatamente à época de ouro do Rock'n Roll. No seu sentido mais puro e simples o álbum teve a maestria e a bagagem musical dos integrantes como aliados para se lançar no mercado fazendo literalmente, muito barulho. Com uma mistura de estilos que se confundem e se misturam é fácil perceber nas canções umas pitadas generosas da country music americana, do rockabilly que influenciou muitas gerações e é claro do rock'n roll na sua essência. O disco não faz firulas, vai direto ao assunto. É curto, pesado e muito bom.
Mais uma vez os clássicos da soul music gravados pela Motown ganharam dreads e personalidade com o ritmo jamaicano ditando o tom. Motown Flies Jamaica Vol. II traz releituras incríveis como a inesquecível My Girl gravada pelos The Temptations em 1964 e o hit Sexual Healing de Marvin Gaye, que gravada aqui por Marvin & Jay Dusty ganharam um balanço requintado e muito bom de ouvir. A pegada black por sua vez não perdeu espaço, pelo contrário, encravada em um reggae original e estiloso foi incorporada às novas versões de maneira primorosa, deixando uma impressão muito boa. Pra quem gosta do estilo é um prato cheio.
"Depois de terminar a faculdade com brilhantismo, Chris McCandless, jovem americano saudável e de família rica, doa todo o dinheiro que tem, abandona o carro e a maioria de seus pertences, adota outro nome e some na estrada, sem nunca mais dar notícias aos pais. Dois anos depois, aparece morto num lugar ermo e gelado do Alasca. Por onde andou, o que buscava, por que morreu?? Quem era Chris McCandless?" A incrível história deste jovem americano foi narrada com primor por Jonh Krakauer no emocionante livro que deu origem ao filme. Baseado em uma história real, a narrativa ganhou as telas com a direção de Sean Penn. Pra completar essa magnífica obra faltava a trilha sonora onde Eddie Vedder em seu primeiro trabalho solo mostrou que não brinca em serviço. Com melodias emocionantes e canções que "falam mais que imagens" ele obteve com este trabalho o reconhecimento justo sendo nomeado para vários prêmios nas categorias de melhor canção e melhor banda. O filme é incrível, o livro melhor ainda e a trilha sonora te coloca no meio da trama!! Thepeaksound recomenda!!!
Com um apelo multicultural e globalizado como mandam as tendências atuais o Superheavy surge em grande estilo e mais do que isso, formatado de maneira única. O que esperar de uma banda formanda por nada mais nada menos que Mick Jagger, Dave Stewart, Joss Stone, Damiem Marley e A.R. Rahman, este último considerado uma promessa em Bollywood, a não ser um mix sonoro de qualidade e personalidade? Além dos já globalmente famosos integrantes do grupo, a banda ainda contou com uma forcinha de Shepard Fairey (responsável pela campanha de Barack Obama em 2008) na criação da capa e arte visual do disco. Nomes a parte, o som é interessante e inevitavelmente carrega uma pegada pop. Esse projeto tem todo o potencial para gerar frutos incríveis, mas a obra que hoje já debuta nas paradas internacionais tem conteúdo e qualidade de sobra. A voz de Joss e Damiem, o ritmo de Jagger e Stewart e a pitada oriental de Rahman fazem uma união perfeita. Destaque para a canção Rock me Gently, que deixa claro até onde o Superheavy pode chegar. Pra uma banda que acabou de decolar, vale apena checar.
Pousando agora em terras brasileiras, o thepeaksound traz na bagagem um produto nacional que mais uma vez teve o reconhecimento dos gringos. Em 1960 com a formação original que contava com Wilson das Neves (bateria), Marinho (baixo), Astor Silva (trombone), Rubens Bassini (percussão) e Neco (guitarra), Os Ipanemas, gravaram seu primeiro e único disco, que logo alcançou um status cult por unir Jazz com Bossa Nova, samba brasileiro e ritmos africanos. Em 2001, o produtor britânico Joe Davis e o baterista brasileiro Ivan Conti reuniram os únicos integrantes vivos do grupo, Wilson das Neves e Neco, para mais um disco. Surgia então o The Ipanemas, que lançado no velho continente chegou a ser comparado com os cubanos do Buena Vista Social Club, na versão brasileira. Com um sonzinho calmo tocado com a perspicácia de quem entende muito do assunto, The Ipanemas é uma boa pedida para um happy hour relaxante e feliz. O thepeaksound mais uma vez recomenda. Let the music play!!
Há tempos eu esperava achar uma voz feminina que trouxesse em suas músicas algo mais imponente, digno de respeito e devoção, como fez há uns bons anos Lauren Hill. Não seria eu o irresponsável de fazer ou tentar criar uma comparação dessas, mas é que realmente quando ouvi esse som pela primeira vez, senti que novamente meus ouvidos eram agraciados com música de qualidade. Batidas ritmadas, swing empolgante, soul, funk, jazz, reggae, enfim, Kinny é uma fusão de elementos que se encaixam e se completam. Do Canadá direto para a Noruega, mais precisamente em Bergen, Kinny se viu em meio a um caldeirão efervescente de uma cidade cujo a cena ela descreve como "uma onda musical". No álbum " Idle Forest of Chit Chat" nossa canadense aqui trabalhou com sete diferentes produtores, esticando assim seus limites e sua sensibilidade sonora, para nos proporcionar uma sonzera de primeira. The Peak Sound tem o prazer de apresentar: Kinny!
É verdade que devemos tirar o chapéu para um dos países que mais produziu e levou ao grande público bandas de qualidade, o Reino Unido. Mas dessa vez quero falar de uma das mais antológicas e clássicas banda de Rock, o Dire Straits, e só tirar o chapéu pra esses caras é muito pouco perto do que eles nos proporcionaram desde o seu surgimento, em 1977, até 1994, quando a banda realmente acabou. Com uma voz marcante e inigualáveis solos de guitarra, Mark Knopfler liderou o Dire Straits e conduziu como um gênio uma das bandas mais premiadas do mundo. Em plenos anos 70, diante de uma era punk rock, surgia na Inglaterra uma banda que fazia um Rock mais clássico e elegante. Pronto, o single "Sultans of Swing" tinha alcançado as paradas britânicas. Dali em diante o sucesso que tomava a cada dia proporções mais planetárias, foi inevitável. O vídeoclip de "Money for Nothing" foi o primeiro a ser exibido na MTV Européia e o mais exibido na MTV Americana até hoje. Em 1985 o álbum "Brother in Arms" foi o primeiro CD da história a alcançar o número de 10 milhões de cópias vendidas, até dizia-se na época que existiam mais CD's do Dire Straits que players para tocar. Para se ter uma noção, no encerramento dessa turnê foram programadas 5 apresentações na Austrália, mas a venda de ingressos foi tão intensa que Mark Knopfler teve que ir às redes de TV pedir para que não comprassem mais ingressos pois estavam cansados e precisavam voltar pra casa. Tanto sucesso gerou obras fantásticas que ainda hoje me arrepio quando escuto e com certeza uma delas é essa que posto aqui hoje, o álbum "Alchemy: Dire Straits Live". Primeiro disco ao vivo da banda, Alchemy traz canções reelaboradas e com porções generosas de improviso e genialidade, como no solo mais empolgante da história na faixa "Sultans of swing", onde Mark acaricia as cordas da guitarra tirando tudo, absolutamente tudo, que ela podia oferecer. Pegue seu carro, ponha o cd no player e você vai entender.....Let the music play!!!
Esse é um trabalho genuinamente nacional e por sinal, de muita originalidade e bom gosto. Com temas clássicos da música nacional como Carinhoso, O Guarani, Águas de Março e outros, a Orquestra Brasileira de Música Jamaicana faz uma releitura alegre e despojada dessas versões, conseguindo de maneira muito singular, fazer um som que extravasa as fronteiras dos estilos musicais. Idealizada pelo músico e produtor Sérgio Soffiatti e o trompetista Felippe Pipeta, a OBMJ surgiu em 2008 e é nessa onda de Ska, Reggae, Jazz eBrasil que o Thepeaksound embarca com tudo. Let the music play!!!
Ta aí a divulgação de um dos projetos mais interessantes que já pude, de certa forma participar (comprando o CD/DVD), e apreciar. Muito bom mesmo!! Acabou de sair o segundo disco. Fica a dica: Compre dois CD/DVD, um pra você e o outro dê de presente, com certeza você não irá se arrepender. Pra quem não conhece, segue abaixo um release do projeto. Recomendadíssimo!!!! Let the music Play!!
" Playing for Change é um movimento de multimídia criado para inspirar, conectar, e trazer paz ao mundo através da música.
A idéia do projeto surgiu da crença de que a música tem o poder de atravessar fronteiras e superar a distância entre as pessoas. Sejam as diferenças geográficas, políticas, econômicas, espirituais ou ideológicas, a música tem o poder universal de transcender e unir a todos como um só povo.Construímos um estúdio de gravação móvel, equipado com alta tecnologia usada nos melhores estúdios, e viajamos para onde a música nos levava. Ao longo do projeto, decidimos que não era suficiente apenas gravar músicas e divulgá-las para o mundo; queríamos criar uma maneira de retribuir tudo que os músicos e suas comunidades haviam compartilhado conosco. Em 2007 criamos a fundação Playing for Change, uma empresa sem fins lucrativos cuja missão é fazer exatamente isso.O último capítulo no movimento Playing for Change foi a Banda PFC.Formada por músicos vindos dos 4 cantos do mundo, este grupo de talentos incríveis demonstrou o poder de transformação, possível quando nos unimos. Quando audiências vêm e ouvem essa banda composta por músicos que viajaram milhares de quilômetros, unidos em propósito e coro em um só palco, todos se sentem tocados pelo poder de união da música. E agora, todo mundo pode participar dessa experiência transformadora que é o Movimento Playing For Change. Divulguem e compartilhem a mensagem; contribua para a fundação e envolva-se – esse é apenas o começo. Juntos, vamos conectar o mundo através da música!"
Mais uma sonzera que vem lá do outro lado do mundo, pra ser mais preciso, Wellington, Nova Zelândia. Numa fusão de dub, afrobeat, reggae e soul, The Black Seeds fazem um som que é pura energia. Com músicas contagiantes e agradabilíssimas aos tímpanos, eu trago aqui dois discos que mostram toda a versatilidade da banda. Into the Dojo, de 2007, faz um reggae encorpado, com todos os elementos encaixados perfeitamente no seu lugar. Ouvir esse álbum faz lembrar praia, sol e mar. Já no Special Remixes and Versions from Solid Ground, de 2010, como o próprio nome já diz são remixagens do disco Solid Ground. É uma coleção de 14 músicas que são trituradas em todos os estilos e gêneros, do funk ao dubstep, do acústico ao eletrônico e vice-versa. Uma experiência bem prazerosa. Let the music play!!
É com muito prazer que posto aqui um dos melhores sons da década na minha opinião. Nascida na Nova Zelândia entre umas e outras Jam Sessions, O Fat Freddys Drop faz um som único. O álbum Based on a true Story, de 2005, foi lançado de maneira independente pelo selo Drop, mas o nível musical que os caras atingiram conseguiu levar a banda à um patamar mais alto, recebendo o prêmio de "Álbum Internacional do Ano" no programa Gilles Peterson, na BBC Radio. O segundo disco, Dr. Boodinga & The Big BW, de 2009, se modernizou um pouco mas não deixou de lado a essência dos caras que misturam jazz, dub, reggae, soul, funk e ska fazendo um som muito interessante. Apesar da banda ter mais de dez anos de estrada, apenas dois discos foram gravados em estúdio e lançados, ambos de excepcional qualidade. Com um vocal marcante, toques eletrônicos na medida, metais precisos e muita sonoridade e ritmo, ta aqui um som que merece respeito, Fat Freddy's Drop. Sonzera!!
Esse é um trabalho fantástico que reúne clássicos da soul music gravados pela Motown e transformados aqui em versões, digamos assim, jamaicanas. Mantendo os vocais originais, estas versões da soul music receberam nessa compilação todo o poder e a energia do ritmo jamaicano. A mistura do reggae com o soul faz desse álbum uma obra incrível. A verdade é que o som ficou diferente, ousado, com uma identidade marcante e acima de tudo com muita qualidade. Let the music play!!
Com batidas e vocais bem marcantes, o The Dynamics nasceu em 2003 como um retro-soul, reggae group, em Lyon, na França. Com uma nítida pegada reggae, esses caras ainda conseguem deixar bem claro que o soul e o funk bem tocado dos anos 60 e 70 também foram responsáveis pela banda existir. The Dynamics faz um som incrivelmente gostoso de se ouvir e no disco, " Version Excursions", uma sequência de incríveis interpretações de clássicos como Miss you, dos Rolling Stones e Seven Nation Army, do White Stripes, mostra o poder do som dos caras. É um daqueles discos pra deixar rolar inteiro!!
Não tem como negar que o nome dessa banda soa no mínimo engraçado, mas o fato é que o termo “merda” vem de “murder” em um tipo de dialeto muito usado pelos negros americanos onde se escreviam as palavras da mesma forma como se pronunciava. Nomes e significados a parte, o som desses caras é de qualidade e merece um espaço aqui. Com algo de Jimmy Hendrix em suas músicas, a banda contemporânea do lisérgico guitarrista se auto intitula a primeira banda negra de rock!! Será??!! Se quiser conferir um som característico de uma época de ouro da música negra e mundial, ta aí um prato cheio!!
